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TRABALHOS DO MESTRE PÉ DE CHUMBO E RESPONSÁVEIS PELOS NÚCLEOS:
Brasil
- São Carlos/SP: Prof Daniel
- Campinas/SP: Prof.Boy
- sorocaba/SP: Prof. Mestrando Jurubeba - www.cecasorocaba.blogspot.com
- São Paulo/SP: Profª Dedê - www.cecasaopaulo.blogspot.com
- Bauru/SP: Profª Rosinha - www.faac.unesp.br/extensao/capoeiraangola
- Uberaba/MG: Trenel Perna Longa
- Brasília/DF: Aluno responsável Alan
Exterior
- Cidade do México - México: Trenel Omar
- Asheville - USA: Trenel Stefan - www.capoeiraasheville.org
- Lousiana - USA: Trenel Jesse
- Malmö - Suécia: Trenel Magnus
- Aveiro - Portugal: Trenel Russo e Aluno Responsável Ricardo - www.capoeiraangola-ptceca.blogspot.com.br
FORMADOS DO MESTRE PÉ DE CHUMBO
Mestres
Mestre Bahia - Indaiatuba/SP
Professores Mestrando (segundo nível de professor)
Prof.Mestrando Jurubeba - Sorocaba/SP
Prof.Mestrando Pai de Santos - MG
Prof.Mestrando Branca de Neve - Indaituba/SP
Prof.Mestrando Minhoca - Indaiatuba/SP
Professores (primeiro nível de professor)
Prof.Boy - Campinas/SP
Profª Ana Silvia (cobra de cipó) - Campinas/SP
Profª Dedê - São Paulo/SP
Prof. Daniel - São Carlos/SP
Profª Rosinha - Bauru/SP
Prof. Topete - Campinas/SP
Treneis
Trenel Omar - Cidade do México/México
Trenel Simone - São Carlos/SP
Trenel Patrícia - São Paulo/SP
Trenel Lyron - São Carlos/SP
Trenel Magnus - Malmo/Suécia
Trenel Stefan - Asheville/USA
Trenel Jesse - Lousiana/USA
Trenel Russo - Aveiro/Portugal
Trenel Suni - Munich/Alemanha
Reconhecendo e considerando sempre o valor do Mestre João Pequeno de Pastinha, o seu discípulo Mestre Pé de Chumbo e seu alunos, entre outras ações, pagam já há muitos anos um plano de saúde para o M.João Pequeno. Assim, esse espaço também serve para agradecer à todos os alunos do Brasil que contribuem com esta ação, assim como alguns alunos do exterior; e serve também para que os demais alunos do M.Pé de Chumbo, formados ou responsáveis por trabalhos em diversos países, que ainda não contribuem com essa ação se conscientizem da necessidade de zelarmos pelo M.João Pequeno - a história viva da capoeira, para que não aconteça com ele o que já aconteceu com outros grandes mestres no passado, como por exemplo Mestre Pastinha.
posted by Mestre Pé-de-Chumbo
Texto: Jose Damiro (Prof.Mestrando Pai de Santo)
Durante o período colonial (1500-1822), a economia brasileira estava apoiada no tripé: monocultura, latifúndio e escravidão, isto é, nos grandes ciclos de produção, principalmente, de cana de açúcar e algodão, produtos extremamente valorizados no mercado europeu.
A economia movida por um único produto necessitava de grandes propriedades – os latifúndios , e consequentemente para mover as rodas do sistema colonial era necessário o trabalho escravo. Assim, mais de 3,6 milhões de africanos foram trazidos ao Brasil entre a segunda metade do século XVI e meados do século XIX. O tráfico negreiro só começou a ser interrompido pelos interesses econômicos ingleses no mundo a partir de 1850. Na situação dramática de desterrados e escravizados, os africanos não ficaram passivos diante da hedionda condição a que foram submetidos. Para enfrentar os senhores e seus capangas, eles tiveram que dissuadir suas verdadeiras intenções, agindo sempre com muita malícia. A Capoeira é um dos melhores exemplos disso, pois para disfarçá-la eles gingavam, fazendo dela ao mesmo tempo uma luta e uma dança. O objetivo era dar um caráter duplo, pois se fosse vista pelos feitores e senhores de engenho como uma luta, os escravos sofriam uma repressão e, consequentemente, a capoeira seria exterminada.
Durante o Império (1822-1890) tanto os negros livres, como os que fugiram de seus donos eram totalmente marginalizados pela sociedade da época. Dessa forma, muitos deles descobriram nos golpes da Capoeira uma maneira fácil de assaltar os outros, vingar-se de inimigos e enfrentar a polícia.
A Capoeira passa a ser encarada como uma atividade de marginais, sendo que nada mais era do que uma reação da camada excluída da sociedade, ou seja, uma luta entre opressores e oprimidos. Além disso, os capoeiristas passaram a ser usados como uma peça chave no joguete entre políticos republicanos e monarquistas, tumultuando comícios e festas, recebendo, assim, a alcunha de desordeiros.
Surge então uma onda de terror nos grandes centros urbanos ocasionando a proibição da prática da capoeiragem. Com o objetivo de cumprir tal determinação, foram impostas penas, que variavam de castigos corporais ao desterro para a ilha de Fernando de Noronha, aos capoeiristas pegos em fragrante (ou não).
Somente no governo de Getúlio Vargas, em 1937, com a liberação de uma série de manifestações populares, a Capoeira pôde ser praticada livremente.
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CAPOEIRA ANGOLA: CAPOEIRA MÃE
Texto: Jose Damiro (Prof.Mestrando Pai de Santo)
Reconhece-se hoje a Capoeira Angola como a Capoeira mãe deixada pelos escravos, nascida da dor e expressa de forma sutil e maliciosa, confundindo-se com uma brincadeira, para não ser percebida pelos senhores de engenho na época da escravidão no Brasil Colônia, ou pelos policiais na época do Império e da Primeira República (1890-1937).
A Capoeira Angola resistiu na Bahia preservando, na sua forma tradicional, os ensinamentos deixados pelos escravos, por meio dos mestres antigos, como Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha, 1889-1981); e vem ressurgindo através da sua forma sutil de jogo, de canto cadenciado e controlado no ritmo e pela própria maneira de se portar de seus praticantes.
O espírito da Capoeira Angola está consolidado no trabalho sério desenvolvido pelos velhos mestres, que os quais enfatizam que o capoeirista deve ter em mente que a Capoeira não visa, exclusivamente, preparar o indivíduo para o ataque ou defesa de uma agressão, mas desenvolver através de exercícios físicos e mentais um estado de equilíbrio emocional, no dizer de Mestre Pastinha: “capoeirista não é aquele que sabe dominar seu corpo, mas aquele que se deixa movimentar pela alma”.
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CENTRO ESPORTIVO DE CAPOEIRA ANGOLA (CECA)
Texto: Andressa Marques Siqueira (Trenel Dedê)
O Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA) é a famosa escola de Capoeira Angola do Mestre Pastinha. Escola que ainda hoje tem seu nome e fundamentos preservados através do Mestre João Pequeno e seus discípulos, como Mestre Pé de Chumbo.
No entanto sua história, desde a sua fundação, é repleta de altos e baixos revelando a persistência e seriedade do Mestre Pastinha e do Mestre João Pequeno em relação a Capoeira, pois se ainda hoje o CECA está em plena atividade, devemos isso à persistência e vontade do Mestre Pastinha em organizar o Centro Esportivo de Capoeira Angola na década de 1940 e à consciência do Mestre João Pequeno acerca da importância do CECA e do Meste Pastinha; pois foi para as mãos do Mestre João Pequeno que Mestre Pastinha entregou o seu Centro, e João, por sua vez, tornou-se Mestre João Pequeno de Pastinha, carregando junto ao nome de sua academia o nome Centro Esportivo de Capoeira Angola.
Assim, de maneira breve e com base nos manuscritos de Mestre Pastinha traçaremos aqui um histórico do Centro Esportivo de Capoeira Angola:
Início do CECA - 1941
..."em 23 de fevereiro de 1941. Fui a esse locar como prometera a Aberrêr", e com suspresa o Snr. Armósinho dono da quela capoeira, apertando-me a mão disse-me: Há muito que o esperava para lhe entregar esta capoeira para o senhor : mestrar. Eu ainda tentei me esquivar disculpando, porem, toumando a palavra o Snr. Antonio Maré: Disse-me; não há jeito, não Pastinha, é você mesmo quem vai mestrar isto a qui. Como os camaradas dero-me o seu apoio, aceito."
"Em 23 de fevereiro de 1941. No Jingibirra fim da Liberdade, la que naceu este Centro; porque? foi Vicente Ferreira Pastinha quem deu o nome de "Centro Esportivo de Capoeira Angola". Fundadores: Amosinho, este era o dono do grupo, os que lhe , Aberrêr, Antonio Maré, Daniel Noronha, Onça Preta, Livino Diogo, Olampio, Zeir, Vitor H.D., Alemão filho de Maré, Domingo de.Mlhães,Beraldo Izaque dos Santos; Pinião José Chibata, Ricardo B. dos Santos."
Morte de Amozinho - uma baixa
"Depois, quando ò correu o falicimento do Snr. Amôsinho: Dai em diante ficou o centro sem finalidade, porque foi abandonado por todos os mestres, hoje são disertores."
1944
"Em Fevereiro de 1944 fiz nova tentativa para organisar o Centro, fui procurado por muitas pessôas....o que consegui em 23 de Março com alunos, e amigos, camaradas no Centro Operario da Bahia, tambem foi abandonado por falta de entendimento.”
1949
“Depois de dois anos e meses. 1949. Fui procura pelo Snr. Ricardo, ex-instrutor da luta da Guarda Civil, para que eu fosse reorganisar o Centro de capoeira que estava sem finalidade."
CECA entra no rumo de Pastinha
"Eu sempre pronto quando me procuravam, estava em minha casa, um Domingo, quando dois camaradas me convidou para ir ver um terreno da Fabrica de Sabonete Sicool no Bigode, e la levantei a capoeira, e o Centro entrou no rumo, que Pastinha pensava levar a capoèira, ao seu presioso valor; com o ausilio dos moradores, e todos estiveram ao meu lado animando-me para este disideratum. A primeiras camisas foram feitas no Bigode, em cores preta, e marelo. tendo como primeiro Presidente o Snr. Athaydio Caldeira, o segundo, o Snr. Aurelydio Caldeira."
posted by Mestre Pé-de-Chumbo
Vem aí mais uma edição do Vadiação do João!!!
posted by Mestre Pé-de-Chumbo @ 10:30 0 comments
"A capoeira é um jogo, é um brinquedo, é se respeitar o medo, é dosar bem a coragem..."